21 abril 2008

"O adeus necessário..."

Caros leitores,

Ao longo de um ano e meio, sensivelmente, o Vis Fut Magazine, blogue de inspiração desportiva nos distritais da AF Viseu 'nascido' a 17 de Dezembro de 2006, levou até si a melhor informação que podia divulgar, umas vezes em primeira mão, outras vezes com o conteúdo mais completo, mas levou-a. Muitos fizeram deste sítio o seu local habitual de consulta. Ora para confirmarem resultados de jogos, ora para conhecerem árbitros nomeados, ora para saber tudo o que se passou em determinado jogo, ora para ver quais as recentes notícias do seu clube de eleição.
Sem ser exemplo, nem pretender sê-lo, o VFM foi tentando ajudar, no que podia, o desporto viseense a crescer, a ser mais divulgado, conhecido, "famoso" na blogosfera. Conseguimo-lo de certo modo. Hoje sabemos que alguns amigos, bons, nos lêem em Leiria, no Porto, em Lisboa, até em Évora. Sabemos que quando as nossas equipas de Viseu jogaram com adversários 'longínquos', como no caso do Sátão (quando jogou com o Operário dos Açores), os rivais 'serviram-se' do blogue para tentarem conhecer um pouco mais o adversário e aperceberem-se da realidade do desporto em Viseu. Sabemos que na Suíça, alguns dos muitos portugueses aí emigrados foram matando saudades dos clubes que em pequenos viam jogar. Mas não só aí, também nos EUA, no Canadá, Brasil, etc.
Tudo isso foi, naturalmente, conseguido com trabalho, dedicação, empenho, esforço, sacrifício, de muitas e muitas pessoas que se juntaram a este projecto. Umas com más intenções, é certo, outras que ajudaram muito neste crescimento (elas sabem quem são). Mas todo este trabalho nunca foi recompensado financeiramente, e também não era esse o objectivo. Sabiamo-lo bem desde o início, mas a paixão pelo futebol e de informar sobrepôs-se a tudo. A dedicação foi o mais importante apesar de, nos primeiros meses de existência, terem sido muitas as críticas, muitas as calúnias, muitas as ofensas. Algumas o blogue mereceu, é verdade, sobretudo porque fomos ingénuos em acreditar nalgumas coisas, mas faz parte da vida e ajudou a que o Vis Fut Magazine tivesse o período mais "limpo" nos últimos meses, onde a informação foi realmente o mais importante e não a discussão, grosseira, que alguns adeptos aqui teimavam em manter. Para isso contribuiu também o 'crescimento' de todas as pessoas que com o VFM colaboraram, bem como a moderação de comentários que tivemos de incutir.
Não foi fácil ter o blogue activo e 'rico' na informação quando os críticos, aqueles que nada têm para fazer, teimavam em denegrir o blogue (será bom agora ver como irão eles 'sobreviver'), uns para enriquecimento da sua estupidez natural, outros para se sentirem superiores no topo da sua cobardia. No entanto, continuámos a informar aqueles que verdadeiramente o queriam e é por esses que trabalhámos. Desenvolvemos muitas e muitas novidades, como o Visbola, que com muita pena abandonamos sem ter acabado, ou o fórum, cuja adesão começou a ser muito boa mas que acabou por sofrer com a aproximação deste adeus.
Este é um adeus temporário, não sabemos por quanto tempo nem tão pouco se terá um revés. A vida é cheia de curvas sinuosas e como tal nunca sabemos o que pode acontecer do outro lado. Todos sabemos e ouvimos falar diariamente que "isto está muito mal" ou "a vida está difícil". Pois bem, assim sendo, convém que nos empenhemos naquilo que de facto é primordial para a nossa vida e que infelizmente nos tira o tempo para estas coisas boas. Deste modo, o Vis Fut Magazine tem de parar e como tal pedimos desculpa a todos aqueles que faziam deste o seu local de informação. Pode ser que num futuro próximo regressemos, com a mesma força, com a mesma motivação, com o mesmo tempo disponível (acima de tudo)...

Até lá, um forte adeus e um enorme obrigado pela sua leitura, colaboração e amizade ao longo dos anos, porque afinal de contas atravessámos três entre 2006 e 2008. São muitos os amigos deste blogue e não nos arriscamos a escrever aqui tantos nomes sob pena de nos esquecermos de alguém. O que importa no fim é o trabalho feito, e ele continuará aqui visível, para eterna memória futura...

Mais uma vez obrigado,

e que o futebol continue bem perto de todos,

A equipa do Vis Fut Magazine

"Mangualde fez a festa da Taça"

Santacombadense 1-2 Mangualde (Final - Taça Sócios de Mérito)

A ‘casa’ da Selecção Nacional de futebol na segunda quinzena do mês de Maio foi no passado sábado o palco da final da Taça de Sócios de Mérito, prova organizada pela Associação de Futebol de Viseu, com um relvado de fazer inveja aos da Bwin Liga já que apesar de todas as condições atmosféricas adversas manteve-se impecável. A chuva condicionou um pouco o espectáculo mas mesmo assim assistiu-se a um futebol de qualidade praticado por ambas as equipas. As decisões, como prova da grande disputa que foi este jogo, só apareceram no último minuto do prolongamento, com o Mangualde a fazer a festa e a conquistar a sua quinta Taça perante a óbvia desilusão dos “Pinguins do Dão” que, no entanto, só podiam sair de cabeça erguida pois tudo fizeram para discutir o jogo.

Uma parte para cada equipa

Esta foi uma partida que poderíamos dividir em duas partes. Se os primeiros 45 minutos foram dominados pelo Mangualde, a verdade é que o segundo tempo pertenceu à Santacombadense. No entanto, quer num ou noutro caso, o domínio nunca foi absoluto e a equipa adversária ia também, de quando em vez, ameaçando a baliza contrária.
Na primeira metade, o Mangualde entrou decidido a tentar resolver as coisas cedo e o remate de Amílcar aos 10 minutos, aproveitando um erro da defesa contrária, indiciou isso mesmo. Contudo, o guarda-redes Bruno começava também a construir uma exibição sólida e defendeu o remate.
A resposta não se fez esperar. Ruben ao segundo poste ‘atirou’ rasteiro mas Miguel Seixas, com a ponta do pé direito, evitou o golo certo.
O Mangualde ia atacando mais, sobretudo à procura da altura e físico de Amílcar, que parecia não ter na defesa da Santacombadense grandes obstáculos para progredir. Aos 23 minutos, este avançado mangualdense serviu Márcio mas o colega permitiu defesa de Bruno. Um minuto depois foi o próprio Amílcar que, numa grande elevação, chegou ao cruzamento vindo da esquerda, cabeceou e marcou o primeiro da noite.
Aos 37’, a Santacombadense fez mesmo o golo do empate com um cabeceamento de Tó Marques mas o árbitro já havia assinalado fora-de-jogo enquanto o jogo foi caminhando para o descanso.
Reinício diferente

No segundo tempo a postura da Santacombadense foi substancialmente melhor e com isso os ‘pinguins’ conseguiram criar mais perigo junto da baliza do Mangualde, então na frente do marcador. O primeiro aviso foi dado logo aos 46 minutos, mas Rafael, de carrinho, evitou que Élio prosseguisse isolado para a baliza.
Pouco depois o Mangualde não conseguiu evitar um penálti claro sobre um avançado da Santacombadense que na tentativa de chegar à bola foi empurrado pelas costas. Chamado à marcação, Ruben não desperdiçou e repôs a igualdade. Nesta altura havia justiça no ‘placard’.
O Mangualde respondeu com dois lances perigosos em quatro minutos. Primeiro Paulito fez excelente jogada pela direita, cruzou mas não obteve resposta e depois foi Márcio quem, num remate fortíssimo, obrigou Bruno à defesa da noite.
A Santacombadense rapidamente voltou ao domínio e Brinca, recém entrado, apareceu isolado na área mas adiantou um pouco a bola no momento decisivo e perdeu-se a jogada.
‘Acordava’ novamente o Mangualde e Amílcar ia-se destacando na frente, enquanto Cartaxo era o esteio da defesa mangualdense.
Já perto do fim, Hugo foi expulso por acumulação de amarelos e no derradeiro momento do jogo antes do prolongamento, Márcio voltou à carga com um remate forte. Os adeptos do Mangualde já gritavam golo mas Bruno, com nova estirada fantástica evitou logo aí a derrota da sua equipa.

Expulsão condicionou prolongamento

Sem dúvida que a expulsão de Hugo acabou por prejudicar bastante a Santacombadense que, para os trinta minutos suplementares, limitou-se a defender, à espera das grandes penalidades. Jackson e Brinca na frente eram impotentes enquanto a defesa dos ‘pinguins’ ia tentando sobreviver à repentina ‘avalanche’ ofensiva do Mangualde. De facto, os ‘pupilos’ de Jorge Valente começaram a perceber que podiam decidir o jogo logo aí e foram criando várias situações para o conseguir. Aos 106 minutos, Paulito sozinho na área atirou por cima mas havia fora-de-jogo e aos 109’ Amílcar voltou a marcar de cabeça. Já com tudo a festejar, o árbitro assinalou bem uma falta do avançado mangualdense que na elevação se apoiou num defesa contrário.
Contudo, esse foi apenas o “ensaio geral” para a festa no último minuto do prolongamento. Porventura já com toda a gente a pensar nas grandes penalidades, o Mangualde chegou ao golo da vitória. Paulito com grande jogada na direita cruzou ao segundo poste, Amílcar cabeceou para um corte em cima da linha e Paulo Mota, sozinho na pequena área, só teve de fazer o golo.
Uma vitória justa embora qualquer das equipas pudesse ter vencido o troféu numa final ajuizada pela equipa de arbitragem liderada por Luís Caetano que realizou um trabalho ao nível da importância do encontro.

Reacções:

Jorge Valente (Mangualde)
“Foi uma vitória muito saborosa e que nos transmite esperança e confiança para o futuro. Este ano as coisas não correram como esperado devido a algumas nuances e não fizemos o campeonato que queríamos. Esta Taça tem muito prestígio a nível distrital e salvou um pouco a época no sentido de que nos deu mais alegria. Vencemos a uma equipa forte e que costuma ser o papa-taças. Nós entramos de uma forma que eles não estavam à espera, mas quando eles se adaptaram tivemos de ser nós a mudar. A expulsão, justa, do jogador deles acabou por nos ajudar e tivemos sorte nesse aspecto mas qualquer equipa podia vencer”.

José Branquinho (Santacombadense)
“Foi um jogo equilibrado e a expulsão condicionou-nos. No entanto os meus jogadores deram tudo o que tinham e parabéns também aos adversários”.


Ficha de Jogo:


Santacombadense 1
- Bruno, Élio, Tó Marques, Ruben, Jackson, Kiko, João Oliveira, Mota (cap.), Hugo, Serralheiro e Daniel
Substituições: Daniel por Brinca (65’) e Élio por João Paulo (93’)
Suplentes não utilizados: David, Tiago Branquinho, Roberto, Diogo e Náná.
Treinador: José Branquinho.

Mangualde 2
- Miguel Seixas, Sérgio, Luís Carlos, Cartaxo (cap.), Zé Pedro, Miguel Ângelo, Amílcar, Márcio, Rafael, Paulo Mota e Paulito
Substituições: Luís Carlos por Tó (57’) e Rafael por Rola (115’)
Suplentes não utilizados: João Paulo, Ivo, Filipe e Miguel Cruz.
Treinador: Jorge Valente.

Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: cerca de 400 pessoas
Árbitro: Luís Caetano (Tondela)
Auxiliares: Luís Castainça e Carlos Teixeira
4º árbitro: Rosa Almeida
Ao intervalo: 0-1
Aos 90 minutos: 1-1
Aos 120 minutos: 1-2
Marcadores: Amílcar (24’), Ruben (58’, g.p.) e Paulo Mota (119’).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Tó Marques (17’), Hugo (28’ e 92’), Mota (28’), Luís Carlos (35’), Cartaxo (38’), Sérgio (49’), Rafael (58’), Élio (70’), Amílcar (83’) e Brinca (90’). Cartão vermelho, por acumulação, para Hugo (92’).

Vítor Ramos

"Repetiu-se a história"

Milheiroense 2-2 Ac.Viseu (3ª Nacional Fase de Subida)
Pela segunda vez esta temporada o Académico não conseguiu vencer no reduto do Milheiroense, depois de em ambos os jogos ter estado a vencer por margem confortável. Ontem, depois de ter conseguido dois golos de vantagem, a nove minutos do final do encontro, a turma de Idalino de Almeida acabou por ceder um empate, que a retirou do segundo lugar, quer dá acesso à subida.
E se no primeiro jogo, quando consentiu um empate a três golos, depois de ter chegado ao intervalo a vencer por 3-0, os academistas realizaram uma péssima segunda parte, ontem as coisas foram bem diferentes. A turma viseense estava a repetir a boa prestação conseguida em Vale de Cambra, mas o campo foi "inclinando" por acção do juiz de Braga, que foi "empurrando" os academistas para próximo da sua baliza.
Idalino de Almeida não escondia a revolta no final do encontro, pois o tento da igualdade foi conseguido ao cair do pano, num lance precedido de falta sobre um jogador visitante, mas ao qual Hernâni Duarte fez vista grossa. Foi evidente nos últimos 10 minutos de jogo a clara intenção do juiz de Braga condicionar os viseenses, marcando faltas sobre faltas no seu meio terreno, deixando outras por marcar em sentido contrário. A par disso teve também critério desigual no capitulo disciplinar.

Uma boa primeira parte

Equipa que ganha não se mexe. É uma máxima do futebol a que Idalino de Almeida deitou mão. Apenas a lesão de Beaud, que pode ficar ausente dos relvados até final da época, fez com que Feliciano fosse titular, ele que já tinha substituído o camarones em Vale de Cambra.
Os viseenses mostraram-se uma equipa consistente e matreira, pois deu a iniciativa de jogo ao adversário para depois tentar o tentar surpreender em contra-ataques rápidos, com Filipe Figueiredo a ser a ponta mais adiantada de uma losango do meio campo, que tinha na base Álvaro e nas alas Cardoso e Eduardo.
Logo aos 6 minutos Eduardo criou perigo, mas foi Cardoso que aos 12 minutos teve a primeira grande oportunidade, quando na área não conseguiu o desvio para a baliza de Artur.
Até cerca da meia hora o jogo foi disputado nos dois meios campos, com os academistas a aparecerem cada vez com mais perigo perto da área de Artur. Por sua vez, a formação orientada por Carlos Miragaia, apesar de deter algum domínio territorial, nunca colocou grandes dificuldades a Manuel Fernandes, que teve uma primeira parte sem grandes problemas.
Os visitantes chegaram à vantagem a quatro minutos do intervalo, com Marcos, na confusão, a atirar para a baliza, na sequência de um livre apontado por Cardoso na esquerda.

Minutos finais conturbados

O segundo tempo começou com a turma da casa apostada em virar o resultado, criando muitas dificuldades ao último reduto academista, com Manuel Fernandes a ter que se aplicar para evitar males maiores para a sua baliza. Entre os 60 e os 70 minutos a baliza academista passou por vários momentos de aflição, com Manuel Fernandes a ter que mostrar tudo quanto vale.
Já nesta altura Hernâni Duarte mostrava alguma dualidade de critérios, mas estes foram mais visíveis à entrada dos últimos 10 minutos quando Cardoso elevou a contagem para os viseenses. Só que, aos 85 minutos, Quim Pedro reduziu, num remate do meio da rua, no qual Manuel Fernandes não terá feito tudo para evitar o golo.
A pressão dos donos da casa intensificou-se nos minutos finais, tendo chegado ao empate em tempo de descontos, com a "preciosa" ajuda do juiz de Braga, que fez, globalmente, um trabalho "desigual".

Idalino de Almeida revoltado

O técnico do Académico era um homem revoltado no final do encontro, chegando mesmo a afirmar a vontade de deixar o futebol. Idalino de Almeida não escondia o que lhe ia na alma, lamentando a prestação do juiz de Braga, que "claramente prejudicou o Académico", vendo assim confirmadas as suas dúvidas quanto ao facto de nesta fase da prova o Académico defrontar cinco equipas do distrito de Aveiro.
Por sua vez Carlos Miragaia afirmou que o empate "é um resultado justo", realçando "a grande segunda parte" da sua equipa.

Ficha de Jogo:

Milheiroense 2
- Artur, Mário Jorge, Wagner, Rui Jorge, Brandão, Wellington, Rui Pinho, Paulinho II, Quim Pedro, Alex e Machadinho
Substituições: Rui Pinho por Bruno Faria (53m) e Alex por Rodrigo (62m)
Suplentes não utilizados: João Ricardo, Paulinho I, Vítor Brandão, Bruno e Charles
Treinador: Carlos Miragaia

Ac. Viseu 2
- Manuel Fernandes, Marcos, Calico, Feliciano, Álvaro, João Miguel, Eduardo, Negrete, Cardoso, Valério, Filipe Figueiredo
Substituições: Filipe Figueiredo por Zé Bastos (60m), Álvaro por Santos (72m) e Valério por Zé Pedro (83m)
Suplentes não utilizados: Nuno, Lopes, Zé Pedro, Barra e Alex
Treinador: Idalino de Almeida

Jogo no Parque Desportivo do GD Milheiroense, em Milheiros de Poiares
Assistência: Cerca de 500 espectadores
Árbitro: Hernâni Duarte, do CA de Braga
Auxiliares: João Redondo e José Barros
Ao inte4rvalo: 0-1
Marcadores: Marcos (41m), Cardoso (81m), Quim Pedro (85 e 90m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Feliciano (24m), Wagner (27m), Valério (50m), Filipe Figueiredo (58m), Álvaro (66m), João Miguel (90m) e Machadinho (90m)

José Luís Araújo (DV)

"O adeus à 2ª Nacional"

Anadia 2-2 Sátão (2ª Nacional Fase de Manutenção C1)
Apesar do empate, o Anadia continua na segunda posição, dado que o seu adversário mais directo (BC Branco) também empatou com o Torreense. Contudo, não foi o resultado que os responsáveis do Clube mais desejavam. A equipa anadiense só se pode queixar de si própria, pois ocasiões de golo não faltaram.
A equipa bairradina dominou e massacrou, nomeadamente na segunda parte, mas não conseguiu vencer a partida. O Sátão, apesar de ter terminado a partida com oito unidades, foi mais feliz, pois a finalização do Anadia deixou muito a desejar.
A equipa visitante inaugurou o marcador, aos 37 minutos, por intermédio de Pavic que, à entrada da meia lua, rematou forte, o esférico ainda tabelou num defesa enganando o guardião Marco. Um golo que aconteceu contra a corrente do jogo, dado que os “Trevos” estavam a dominar.
A partir deste momento, o Sátão ficou reduzido a 10 elementos, devido à expulsão de Pavic que viu o segundo amarelo.
Na etapa complementar, a equipa do Anadia apresentou-se mais ofensiva, tendo remetido o Sátão ao seu meio campo. O empate acabaria por acontecer, aos 59 minutos, por Cerejo que completou o lance iniciado por Fausto.
Apesar de estar a ser “massacrada”, a equipa visitante dilataria o marcador, num contra-ataque rápido. Abner foi o autor do tento.
As oportunidades para marcar eram mais do que muitas para o Anadia, contudo, a finalização nem sempre era a melhor.
A igualdade acabaria por acontecer, a seis minutos do apito final, com Telmo a rematar forte para o fundo das malhas.
Antes de terminar o encontro, o Sátão ficaria reduzido a oito jogadores, devido às expulsões de Luís e Rodrigo por acumulação de amarelos.
Arbitragem regular.

Ficha de Jogo:

Anadia 2
- Marco, Miguel Afonso, Fredy, Machado, Rui Paulo, Ruben (Pedro Alegre 79’), Telmo, Tiago Borges (Damas 60’), Cerejo (Hugo Seco 66’), Fausto e Simões.
Jogadores não utilizados: Nuno Lourenço, Luís Carlos, Luís André e Roxo.
Treinador: José Bizarro

Sátão 2
- Tó Lopes (Zé Luís 85’), Tó Ferreira, Chico, Deodato, Ayuk (Abner 57’), Hélder, Rodrigo, Tozé, Pavic, Luís e Nelson Leite (Simões 95’).
Jogador não utilizado: Menezes.
Treinador: Jorge Paiva

Jogo no Estádio Municipal de Anadia
Assistência: cerca de 200 pessoas
Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Auxiliares: Francisco Mendes e Lourenço Abrantes
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Pavic (37’), Cerejo (59’), Abner (65’) e Telmo (84’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Luís (20’ e 87’), Pavic (26’ e 37’), Fredy (36’), Rodrigo (45’ e 91’), Ruben (72’), Hélder (76’), Marco (81’), Rui Paulo (89’), Zé Luís (92’) e Abner (96’).
Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Pavic (37’), Luís (87’) e Rodrigo (91’)

DA

"Sem hipótese"

Nelas 4-0 Caldas (2ª Nacional Fase de Manutenção C2)
Com uma tarde escorrida, em relação a uma manhã de autêntico temporal e que até pode ter feito desistir muitos de comparecer à partida, as equipas entraram com estados de espírito diferentes. O Caldas tinha a consciência de estar a cumprir calendário, enquanto o Nelas sabia que tinha de vencer para consolidar a sua posição de líder de Su-Série C. Mas isso causou alguma ansiedade à equipa da casa e, foi evidente, o nervosismo surgiu na equipa.
Era verdade que os nelenses conseguiram os primeiros lances de grande perigo junto da baliza de Marco Custódio, pecando na finalização. Contudo, seguiram-se cerca de vinte minutos em que o Caldas pressionou e a defensiva da casa sentiu muitas dificuldades e Rui Vale viu a bola passar muito perto da barra ou do poste da sua baliza, na sequência de remates bastante fortes dos dianteiros da turma da região do Oeste. Até que nos últimos cinco minutos, o Nelas conseguiu sacudir essa pressão e foi para a frente à procura do golo.
Até que aos 44 minutos, numa excelente jogada de Ewerton, a bola seguiu até Rui Santos que cruzou, tendo Marco Custódio feito defesa incompleta, surgiu Landing a acreditar e a estender o pé e fazer o golo. Chegou o intervalo com resultado certo, mesmo tendo em conta a grande resposta do Caldas entre os 15 e 40 minutos.
Para a segunda parte o Nelas entrou a todo o gás e na sequência de um canto, marcado por Rui Santos, Carlos André coloca a sua equipa a vencer por 2-0. A equipa da casa passou a mostrar mais tranquilidade. Aos 67 minutos, numa jogada de excelente recorte de Rui Santos, este driblou um adversário e ofereceu a Kifuta a possibilidade de marcar um golo à “Madjer” que fez levantar o público. De registar que Rui Santos esteve nos três golos da sua equipa.
O Nelas estava imparável e Ewerton esteve várias vezes à beira de marcar e Rui Santos, para coroar a sua exibição como homem do jogo marcou um grande golo aos 86 minutos, batendo o guardião Marco Custódio sem apelo nem agravo.
Boa arbitragem num triunfo justo dos nelenses.

Ficha de Jogo:

Nelas 4
- Rui Vale; Bruno, Carlos André, Saraiva e Roque; Anézio, Landing e Rui Lage; Ewerton, Kifuta e Rui Santos
Substituições: Anézio por Ruan (61’), Carlos André por Tiago (85’) e Ewerton por Magalhães (84’)
Suplentes não utilizados: Moreto, Luís Miguel, Alison e Ivo
Treinador: António Borges

Caldas 0
- Marco Custódio; Miguel Guerra, Laranjeira, Vasco e Tiago; Miguel Andrade, Armando e Filipe Correia; Sabino, Carlos Gomes e Basílio
Substituições: Vasco por Guilherme (24’), Miguel Andrade por Rodilson (57’) e Filipe Correia por Bruno Francisco (57’).
Suplentes não utilizados: Hugo Pacheco; Chiquinho, Marco Duarte e André Bento.
Treinador: João Sousa

Jogo no Estádio Municipal de Nelas
Assistência: Cerca de 300 espectadores
Árbitro: Ângelo Correia (Castelo Branco)
Auxiliares: Jorge Cruz e Sérgio Pedro
Resultado ao intervalo: 1-0
Marcadores: Landing (44’), Carlos André (46’), Kifuta (67’) e Rui Santos (86’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Miguel Andrade (30’), Anérzio (37’), Rui Vale (59’) e Bruno (71’).

Silvino Cardoso

"Não vencem em casa"

Penalva 1-2 Pampilhosa (2ª Nacional Fase de Subida)

O Pampilhosa mostrou-se uma equipa melhor organizada e com jogo inteligente. Contudo, foi o Penalva do Castelo que dispôs de duas oportunidades de marcar, a primeira logo aos seis minutos por Coquinho. Mas era evidente a melhor movimentação dos forasteiros e isso ficou provado aos 21 minutos com Capela a fazer o golo dos “ferroviários”.
A turma comandada por João Pereira podia ter aumentado a vantagem pouco depois, quando Luís Miguel, de cabeça, remata para fora só com Nuno pela frente. O Penalva, em jogadas de contra – ataque também conseguiu criar lances de perigo e, novamente, Coquinho quase chegaao empate mas a bola foi ao poste.
Na segunda parte, os penalvenses entraram melhor e mais fortes e em quinze minutos criou duas soberanas oportunidades de marcar. Numa delas Coquinho cruzou para Belo, mas este só com a baliza pela frente chegou atrasado, gorando-se a ocasião. Pouco depois, Tiago Sousa em pontapé de bicicleta atirou à barra da baliza de Joca. Como quem não marca, foi o Pampilhosa que voltou a concretizar um dos seus contra – ataques, por Luís Miguel. O Penalva do Castelo continuou a responder de forma galharda e num lance bem gizado, Sérgio Pote concretizou de cabeça, reduzindo a desvantagem e dando alguma justiça ao marcador. Boa arbitragem.

Ficha de Jogo:

Penalva 1
- Nuno; Rogério, Tiago Sousa, Gamarra e Carvalhinho; Coquinho, João Aurélio e Vítor Hugo; Paulo Listra, Ruben e Sanussi
Substituições: Sanussi por Belo (56’), João Aurélio por Alex (71’) e Vítor Hugo por Sérgio Pote (71’)
Suplentes não utilizados: Tó Oliveira, Leandro, Marco Pereira e André Silva
Treinador: Carlos Agostinho

Pampilhosa 2
- Joca; Jonathan, Rui Daniel, Pedro Silva e Moleiro; Bebé, Silvestre e Capela; Luís Miguel, Penela e Guima
Substituições: Pedro Silva por Ivo (12’), Capela por Alex (71) e Guima por Edir (86)
Suplentes não utilizados: Vítor, Chano, Ricardo e André
Treinador: João Pereira

Jogo no Complexo Desportivo de Sant`Ana, em P. Castelo
Assistência: Cerca de 450 espectadores
Árbitro: Quitério Almeida (Lisboa)
Auxiliares: Nuno Mira e José Figueiredo
Resultado ao intervalo: 0-1
Marcadores: Capela (21’), Luís Miguel (61’) e Sérgio Pote (82’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: Rui Daniel (60’), Rogério (67’), Moleiro (79’), Ruben (83’) e Joca (93’)

António Pedro

"Goleada animadora"

Social Lamas 13-0 D.Sandinenses (3ª Nacional Fase de Manutenção C2)

Frente a um adversário já sem hipóteses de lutar pela manutenção, do Social de Lamas só se podia esperar uma vitória e, de facto, a equipa de Zé Tó não desiludiu, cumprindo a sua missão e goleando a formação dos Dragões Sandinenses que, apesar de ser uma equipa voluntariosa, só conseguiu lutar durante três minutos.
Face a isto, o Social de Lamas até jogou algo apático nos primeiros quarenta e cinco minutos mas a verdade é que chegou ao intervalo a vencer já por 5-0.
Manu deu o mote aos 5 minutos com o primeiro golo e Telmo aumentou de cabeça à passagem do minuto 12.
Entretanto Jusko sofreu falta para penálti que o árbitro não assinalou mas mais tarde foi ao contrário. Não parece haver falta sobre Manu aos 22 minutos e o árbitro de Castelo Branco assinalou. Dessa forma, e com a marcação exímia de Manu, os castrenses chegaram ao 3-0 e ‘mataram’ o jogo. Até ao descanso, Jusko num ‘mergulho’ fez um bonito golo e Telmo bisou aos 44. Quem ia brilhando era Manu. De calcanhar, o homem do Social de Lamas preparava-se para festejar um golo “à Madjer” mas um defesa contrário evitou em cima da linha de golo.
Na segunda parte, o Social conseguiu mais oito golos enquanto o Sandinenses falhou a única oportunidade que teve de forma escandalosa. Vítor Hugo na pequena área atirou por cima.
Resultado mais do que justo com uma arbitragem que passou despercebida.

Ficha de Jogo:

Social Lamas 13
- Careca, Schwartz, Pedro, Telmo, Mário Pedro, Nando, Manu, Zé Carlos, Jusko, Pedro’s e João Pedro
Substituições: João Pedro por Filipe (58’), Zé Carlos por Patrick (72’) e Jusko por Ricardo (76’)
Suplentes não utilizados: Márcio, Xinoca, Celso e Oceano
Treinador: Zé Tó

D. Sandinenses 0
- Berna, Rui, Fábio, Costa Curta, Jorge, Bruno Miguel, Hélder I, Hélder II, Quinzinho, Vítor Hugo e Rica
Substituições: Hélder II por Gil (55’) e Costa Curta por Luís (63’)
Suplentes não utilizados: não houve.
Treinador: Hélder

Jogo no Complexo Desportivo de Castro Daire
Assistência: cerca de 80 pessoas
Árbitro: João Brás (Castelo Branco)
Auxiliares: Pedro Ribeiro e João Bicho
Ao intervalo: 5-0
Marcadores: Manu (5’ e 22’ g.p.), Telmo (12’ e 44’), Jusko (35’, 49’, 55’ e 60), Pedro’s (51’), Filipe (68’) e Patrick (75’ e 76’)
Acção disciplinar: nada a registar.

Né Oliveira

"O guardião foi o herói"

Tondela 0-0 Oliv.Hospital (3ª Nacional Fase Manutenção C1)

Esta era uma partida importante para que o Tondela, em caso de vitória, não deixasse fugir mais o São João de Ver na liderança da sub-série mas o adversário de ontem não era fácil. O Oliveira do Hospital, que vinha de duas derrotas consecutivas, queria recuperar o tempo perdido com uma vitória no Estádio João Cardoso mas o melhor que conseguiu foram 5 cantos nos primeiros vinte cinco minutos do jogo já que após isso praticamente nunca mais assustou o guardião tondelense.
De resto, esta partida ficou marcada pelo reencontro do treinador Sérgio Abreu com a equipa do Tondela, que treinou durante algumas partidas esta temporada.
Quanto ao encontro foi, de facto, dominado quase em toda a linha pela formação da casa que, com muitas unidades ofensivas e sempre procurando a vitória foi causando muitos dissabores junto à baliza do Oliveira do Hospital. No entanto, o mais importante nunca aconteceu, ou seja, o golo, tudo por culpa de uma exibição “do outro Mundo” realizada pelo guarda-redes Armando que defendeu tudo o que havia para defender, ora com muito mérito ora com muita sorte à mistura.
O campo encharcado não ajudou ao espectáculo e o jogo terminou com um empate a zero. Um resultado muito injusto pois a única equipa que verdadeiramente procurou a vitória foi a ‘turma’ de João Bento. Há dias assim e o Tondela não pode baixar a cabeça pois ainda faltam três jogos e muito há por decidir.Excelente arbitragem do trio bracarense.

Ficha de Jogo:

Tondela 0
- Mickael, Filipe, Mauro, João Paulo, Dani, Chico, Barca, Osvaldo, Steven, Beré e Phil Jackson
Substituições: Phil Jackson por China (67’), Barca por Abelha (78’) e Steven por Carlos Almeida (82’)
Suplentes não utilizados: Augusto, Carlos Botas, Luis Pedro e Tchocamar.
Treinador: João Bento

Oliv. Hospital 0
- Armando, Alex, Quim, Paulo Alves, Carlitos, Fernando Pedro, Guti, Mendy, Bruno Cardoso, Papa e Pedro Santos
Substituições: Guti por Tiago (52’), Papa por Baptiste (64’) e Bruno Cardoso por Rui Almeida (80’).
Suplentes não utilizados: Miranda, Barbeiro e Raúl.
Treinador: Sérgio Abreu

Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela
Assistência: cerca de 250 pessoas
Árbitro: Ricardo Ferreira (Braga)
Auxiliares: Hélder Barroso e José Azevedo.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Pedro Santos (45’), Mauro (55’), Carlitos (65’), Fernando Pedro (72’), Baptiste (75’), Paulo Alves (79’), Armando (85’) e Quim (94’).

Amorim Lopes

16 abril 2008

"Milheiroense - Ac.Viseu"


14 abril 2008

"Vitória sofrida"

Valecambrense 1-2 Ac.Viseu (3ª Divisão Nacional - Fase de Subida)
O Académico de Viseu foi a Vale de Cambra obter a primeira vitória da Fase Final do Campeonato. Concentração, solidez defensiva e muito trabalho são os adjectivos que encontramos para classificar a exibição da formação orientada por Idalino de Almeida, frente a um adversário que não mostrou argumentos para desmontar o esquema táctico engendrado pelo treinador academista.
Idalino de Almeida apostou no reforço do meio campo, tendo em conta que não podia contar com Megane e Zé Bastos. Deste modo, Filipe Figueiredo foi a unidade mais adiantada e deu muito que fazer à defesa contrária com as deambulações que fez em toda a frente de ataque.
Com João Miguel em bom plano, com o irrepreensível apoio de Valério, com Marcos e Negrete a não darem grande espaço de manobra e Calico seguro no lado direito, a linha média teve muito que fazer, com Beaud a sair cedo do jogo, com um rotura. Álvaro, Cardoso e Eduardo foram unidades em alta rotação, que contaram com um gigante chamado Calico, que voltou a ocupar um lugar á frente da defesa, depois de Beaud ter dado o seu lugar a Feliciano, que se posicionou no lado direito da defesa, aos 36 minutos.
O jogo começou equilibrado, mas desde logo mostrou uma Académico a desdobrar-se bem nas transições ofensivas. Só que, progressivamente, a turma da casa foi ganhando algum ascendente e aos 13 minutos beneficiou de um livre perigo, do qual nada resultou.
Só que três minutos depois, o juiz transmontano assinalou uma falta na meia lua a castigar uma falta de Marcos sobre Marcão, que, sinceramente, não nos pareceu ter existido, pois o defesa academista apenas tentou impedir que o avançado local tivesse caminho livre, com este a cair em cima do central viseense. Marquinhos, de forma irrepreensível, inaugurou o marcador, batendo a bola ao ângulo superior direito da baliza de Manuel Fernandes.
Da pronta reacções os visitantes chegou o golo do empate, com João Miguel a entrar pela meia esquerda, a trocar com Eduardo e à saída de Rui Miguel desviou-lhe a bola para a baliza, com António Pedro a confirmar o golo, não conseguindo evitar que a bola ultrapassasse a linha final.
O golo marcou a turma da casa, facto que os academistas aproveitaram. Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo houve mais Académico, que chegou ao golo aos 40 minutos, numa jogada que começou em Manuel Fernandes, passou por Álvaro, que lançou Eduardo que fez um grande trabalho no lado direito, depois de passar por três adversário fez um cruzamento que apanhou Valério ao segundo poste a empurrar para a baliza, depois de Filipe Figueiredo ter feito o túnel.
A turma da casa regressou do intervalo apostada em dar a volta ao resultado e Manuel Fernandes teve que mostrar quanto vale, a remates perigosos de Rogério e Charuto. Só que aos 7 minutos, Eduardo, a passe de Filipe Figueiredo, poderia ter feito o terceiro, mas Rui Miguel fez uma bela defesa.
Aos poucos, porem, o jogo ficou equilibrado, mas aos 65 minutos o juiz transmontano decidiu reduzir a formação viseense a 10 unidades, com Sani, que tinha entrada seis minutos antes, a ver o cartão vermelho, após ter feito falta sobre um adversário que ia para a baliza. Pareceu-nos forçada a expulsão, pois se é verdade que houve falta, é verdade também que havia mais jogadores academistas por perto e mais próximos da baliza.
Reduzida a 10 unidades a formação academista uniu esforços e a verdade é que apesar de dominar territorialmente, a formação de Rui Correia sentiu imensas dificuldades em encontrar espaço para atirar á baliza de Manuel Fernandes. Só nos instantes finais do encontro, é que Marcão encontrou espaço para atirar para o golo, mas Marcos estava no sítio certo e evitou o empate.
Em resumo diríamos que a vitória sorriu à equipa que mais trabalhou, que soube sofrer e que sou aproveitar as oportunidades de que dispôs.
A arbitragem do juiz transmontano deixou muito a desejar, mostrando uma dualidade de critérios difícil de entender e mesmo de aceitar.

Idalino de Almeida e António Albino indignados

Idalino de Almeida era um treinador agastado no final do encontro. Mostrou-se satisfeito com a exibição da equipa, que "soube sofrer", mas admitiu que o Académico "julgou contra 15", acusando a Associação de Futebol de Viseu de se "preocupar mais com a Selecção Nacional que com um seu filiado".
Também o presidente António Albino se mostrou desagradado com a arbitragem e com o tratamento que o clube tem merecido por parte da AF Viseu, lamentando que o Académico tenha que jogar fora do Fontelo, numa fase crucial do Campeonato.Por sua vez Rui Correia era um homem resignado no final do encontro, lamentando os erros que a sua equina cometeu e que foram aproveitados pelo adversário.

Ficha de Jogo:

Valecambrense 1
- Rui Miguel, Peixe, António Pedro, Américo, Marquitos, Charuto, Hélder Mendes, Hélder Almeida, Rui Pedro, Marcão e Tó
Substituições: Hélder Almeida por Garcês (45m), Rui Pedro por Nuno Pedro (45m) e Marquitos por Rogério (60m)
Suplentes não utilizados: Bairrada, Carlitos, Leo e Edu
Treinador: Rui Correia

Ac. Viseu 2
- Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Negrete, João Miguel, Beaud, Álvaro, Cardoso, Eduardo, Filipe Figueiredo e Valério
Substituições: Beaud por Feliciano (36m), Álvaro por Sani (59m) e Cardoso por Barra (89m)
Suplentes não utilizados: Nuno Ferreira, Lopes e Alex
Treinador: Idalino de Almeida

Jogo no Estádio Municipal das Dairas, em Vale de Cambra
Assistência: Cerca de 1500 espectadores
Árbitro: Rui Miguel Santos, do CA de Bragança
Auxiliares: Márcio Roque e Hugo Bragança
Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Marquitos (17m), António Pedro (21m, pb) e Valério (40m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Álvaro (53m), Valério (57m), Peixe (63m), Américo (84m), Manuel Fernandes (89m) e Negrete (90m). Cartão vermelho para Sani (65m)

José Luís Araújo (DV)

"Exibição impecável"

Nelas 3-0 Abrantes (2ª Nacional - Fase Manutenção C2)

Foi com uma exibição bastante personalizada e produtiva que o Sport Lisboa e Nelas construiu uma vitória robusta e importante numa luta que promete ser complicada na luta pela manutenção.
Frente ao Abrantes, uma equipa que apesar do resultado deu uma excelente réplica aos nelenses, o conjunto treinado por António Borges cedo ‘descansou’ os adeptos com golos de Rui Santos e Anézio. O primeiro, logo aos 3 minutos, proporcionou ao Nelas algum descanso na abordagem ao jogo, passando a atacar mais pela certa e a defender mais em conjunto e com segurança. O segundo, aos 17’, ajudou a ‘turma’ da casa a encaminhar-se para a vitória justa que acabaria por confirmar no segundo tempo.
Com uma arbitragem excelente, a ajudar ao bom espectáculo que foi este jogo, o Nelas conseguiu aos 59 minutos elevar a contagem, fruto de um auto-golo de Joel Elias após cruzamento tenso de Rui Santos na direita. O defesa abrantino tentou o corte mas a bola foi ao poste e acabou por entrar.
A primeira situação de real perigo criada pelo Abrantes aconteceu apenas aos 78 minutos, mas Rui Vale, por duas ocasiões, negou o golo aos forasteiros.Vitória muito importante para o Nelas, que assim regressa à liderança da tabela em igualdade pontual com os abrantinos.

Ficha de Jogo:

Nelas 3
- Rui Vale, Carlos André, Rui Lage, Rui Santos, Anézio, Roque, Ewerton, Landing, Gilmar, Saraiva e Bruno
Substituições: Anézio por Kifuta (55’), Gilmar por Magalhães (72’) e Rui Santos por Ivo (91’)
Suplentes não utilizados: Moretto, Tiago Gonçalves, Allison e Ruan
Treinador: António Borges

Abrantes 0
- Passarinho, Joel Elias, Kátio, Bruno Matos, Santana, David Nunes, Carvalheiro, Marinho, Mendy, Serginho e Vágner
Substituições: Mendy por Rui Costa (59’) e Joel Elias por Neio (69’)
Suplentes não utilizados: Mário, Ruben, Ruas e Lee
Treinador: Luís Roquete

Jogo no Estádio dos Remédios, em Lamego
Assistência: cerca de 450 pessoas
Árbitro: Luís Catita (Évora)
Auxiliares: Gonçalo Bráulio e Ricardo Ferreira
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Rui Santos (3’), Anézio (17’) e Joel Elias (59’, auto-golo)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Bruno (29’), Gilmar (51’) e Bruno Matos (84’)

MLS

"Dignidade acima de tudo"

Sátão 2-0 Benfica CB (2ª Nacional - Fase Manutenção C1)
Numa partida em que os locais jogavam, praticamente, para cumprir calendário, tinham como motivação dignificar a camisola que envergam. Assim, a entrada dos satenses até foi bastante ofensiva e a equipa comandada por Jorge Paiva criou algumas situações de golo.
No entanto, logo aos 10 minutos, o técnico da AD Sátão foi obrigado a fazer uma mexida importante no seu xadrez. Rodrigo lesionou-se na coxa, resultado de um “sprint” e entrou Rebelo para o seu lugar. Ajustadas as posições, a turma da casa perdeu algum fulgor atacante. Mesmo assim, há que dizer que a entrega dos locais continuou a ser bastante generosa e apesar dos albicastrenses passarem a deter um jogo mais ofensivo, os satenses também criaram as suas oportunidades e Pavic falhou por pouco o golo, valendo para o Benfica de Castelo Branco o facto de um defesa ter desviado para canto.
Mas era evidente que os forasteiros tentavam jogar no erro do adversário, o que fez com que o treinador Jorge Paiva tivesse chamado a atenção para que a concentração não deixasse de existir. Por volta da meia hora, nenhuma das equipas arriscava o suficiente, preferindo a luta no meio campo onde, diga-se, ninguém conseguiu ascendente claro. Os benfiquistas eram os mais interessados na vitória para aspirarem à manutenção pelo que António de Jesus incitava os seus jogadores para avançarem no campo, te3ntando surpreender a defesa da casa.
Só que esta parecia coesa e atenta e, a preceito, ia lançando os seus companheiros da frente que, a espaços, incomodavam bastante o guarda-redes Helder Cruz. O intervalo chegou com um nulo que castigava mais a falta de ambição do Benfica de Castelo Branco, do que os locais que fizeram o que lhes competia, ou seja dar o seu melhor.
As equipas entraram sem alterações em relação à primeira parte. Aos 50 minutos Tozé foi isolado por Nelson Leite, mas só com o guarda – redes pela frente atirou ao lado, falhando a melhor oportunidade de todo o desafio até então. Foi o aviso dos satenses para o grande golo de Simões que aconteceu aos 59 minutos. O nº 9 do Sátão recebeu a bola de Luís e com um pontapé de belo efeito e com um chapéu, fez com que Helder Cruz ficasse a ver a bola entrar na “gaveta” superior da sua baliza. A Associação Desportiva de Sátão voltou a ter o golo à vista com uma “bomba” de Nelson Leite (na conversão de um livre) que foi à barra de baliza.
Mas Pavic com tudo para rematar, não enjeitou e fez o 2-0, aos 78 minutos. Só então os visitantes reagiram e os locais tiveram de defender e conseguiram-no com mérito, apesar de terem ficado reduzidos a dez unidades por Rebelo ver dois cartões amarelos em dois minutos. Arbitragem em bom plano.

Ficha de Jogo:

Sátão 2
- Tó Lopes; Tó Ferreira, Pavic, Chico e Sarmento; Deodato, Rodrigo e Tozé; Simões, Luís e Nelson Leite
Substituições: Rodrigo por Rebelo (10’) e Deodato por Ayuk (87’)
Suplentes não utilizados: Zé Luís e Abner
Treinador: Jorge Paiva

BC Branco 0
- Hélder Cruz; Gil, Nuno Marques, Jonny e Miguel Vaz; Ricardo Viola, Trindade e Milton; Ricardo António, Célio e Piojo
Substituições: Jonny por Cristophe (60’), Nuno Marques por Tarzan (66’) e Célio por Telmo (72’)
Suplentes não utilizados: Carlos Soares, Ivo, Chiquinho e Bá.
Treinador: António Jesus

Jogo no Estádio da Premoreira, em Sátão
Assistência; Cerca de 150 pessoas
Árbitro: Francisco Peixoto (Braga)
Auxiliares: Paulo Sousa e Nelson Freitas
Resultado ao intervalo:
Marcadores: Simões (59’), Pavic (78’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Tozé (55’), Milton (70’), Miguel Vaz (71), Tó Ferreira (80’), Piojo (84) e Rebelo (86´e 87’). Cartão vermelho p/acumulação: Rebelo (87’).

Silvino Cardoso

"Prémio para o Penalva"

Penalva 2-2 Oliv.Bairro (2ª Divisão Nacional - Fase de Subida)

O Oliveira de Bairro foi a equipa que entrou melhor, mostrando-se mais desenvolta e com intencionalidade atacante. Aos 11 minutos, Dani abriu o activo e isso não causou qualquer surpresa. Os donos da casa fizeram o seu jogo, mais pausado e, diga-se, mais defensivo, mas sem nunca descurar o contra – ataque, jogando no erro do adversário.
Foi dessa forma que João Aurélio chegou ao empate, Os bairradinos reagiram, mas os penalvenses estavam de sobreaviso. Contudo, a expulsão, algo forçada, de Tojó, determinou que o Penalva do Castelo se reajustasse e recuasse um pouco mais no terreno, acentuando o sistema do contra – ataque. Assim, o Oliveira do Bairro teve que refrear o seu ataque, pois arriscava-se a sofrer de novo o golo. O intervalo chegou com um empate que se ajustava. No segundo tempo, os visitantes voltaram a entrar forte no jogo, com o conjunto da casa a mostrar futebol defensivo, mas a não evitar que o imparável Dani voltasse a marcar.
De novo na frente, os forasteiros foram aguentando a marcha do tempo com posse do meio campo, mas não teve arte nem engenho para travar a determinação dos penalvenses que voltaram a igualar a partida com um golo do recém entrado Sanussi. A jogar apenas com dez e a faltarem ainda quinze minutos para o fim do encontro, a turma comandada por Carlos Agostinho conseguiu suster a toada mais atacante dos bairradinos e arrecadar um ponto precioso para somar ao conquistado, igualmente, com mérito na jornada anterior no reduto do Tourizense. Arbitragem a pecar no capítulo disciplinar prejudicando os donos da casa.

Ficha de Jogo:

P. Castelo 2
- Nuno; Rogério, Tiago Sousa, Gamarra e Carvalhinho; Tojó, João Aurélio e Paulo Listra; Ruben, Alex e Leandro.
Substituições: Leandro por Sanussi (62’), Alex por Belo (75’) e João Aurélio por Marco Pereira (80’)
Suplentes não utilizados: Cristiano, Vítor Hugo, André e Sérgio Poste
Treinador: Carlos Agostinho

Oliv.Bairro 2
- Mário Júlio; Zé Carlos, Miguel Tomás, Luís Barreto e Carlos Miguel; Paulo Costa, Rui Castro e Eder; Justiça, Leandro e Dani
Substituições: Luís Barreto por Alexis (57’), Carlos Miguel por Paulito (71’) e Justiça por Pina (76’)
Suplentes não utilizados: Ivo, Vitinha, Fábio e Nelson Rato
Treinador: João Pedro Mariz

Jogo no Complexo Desportivo de Sant'Ana
Assistência: Cerca de 200 espectadores
Árbitro: Ivan Vigário (Porto)
Auxiliares: Tiago Costa e Filipe Ramalho
Resultado ao intervalo: 1-1
Marcadores: Dani (11 e 57’), João Aurélio (26’) e Sanussi (74’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Rogério (16’), Gamarra (24’), Dani (34’), Carlos Miguel (49’), João Aurélio (55’), Ruben (67’) e Carvalhinho (90’). Cartão vermelho: Tojó (28’)

Manuel Albuquerque

"Desconcentrações fatais"

S. João de Ver 1-0 Tondela (3ª Nacional - Fase Manutenção C1)

Foi um jogo atípico em que acabou por vencer a equipa que apenas defendeu ao longo dos noventa minutos, jogando apenas no contra – ataque e, fundamentalmente, no erro do adversário. O Tondela entrou bem na partida, agarrou nos cordelinhos e movimentou-se sempre com perigo, colocando o último reduto da casa em constante apuro.
Por sua vez, o S. João de Ver, mostrou-se menos ansioso e praticou um futebol mais defensivo, sabendo que só poderia ultrapassar o seu opositor através de um momento feliz do jogo, o que veio a acontecer aos 27 minutos, numa desconcentração da defesa tondelense, em que um jogador contra três conseguiu concretizar, embora com alguma felicidade à mistura.
Como é óbvio os forasteiros reagiram e caíram em cima da equipa da casa, mas o intervalo chegou sem que voltasse a haver alteração no marcador.No segundo tempo acentuou-se a pressão dos visitantes, mas na baliza dos locais esteve um guarda – redes que defendeu tudo o que era possível e até impossível. As constantes jogadas de ataque e que, normalmente, acabam em golo foram todas paradas por Nuno Coelho.
Enfim, foram noventa minutos em que uma equipa apenas defendeu e marcou e outra que só atacou mas falhou, redondamente, na finalização. Arbitragem em bom plano.

Ficha de Jogo:

S. João de Ver 1
- Nuno Coelho; Oscar, Rui Silva, Paquete e Biro; Hugo, Zé Luís e Edú; Nuno, Américo e Zé Tó
Substituições: Zé Tó por Rui Pedro (33’), Américo por Piri (80’) e Nuno por Rui (85’)
Suplentes não utilizados: Hélio, Ameriquinho, Xano e Dani
Treinador: Malhado

Tondela 0
- Mikael; Filipe, Mauro, João Paulo e Dani; Xico, Barca e Abelha; Steven, Beré e Osvaldo
Substituições: Abelha por Phil Jackson (37’), Barca por China (60’) e Dani por Carlos Almeida (85’)
Suplentes não utilizados: Augusto, Carlos Botas, Luís Pedro e Fábio
Treinador: João Bento

Jogo no Estádio do Sp. de S. João de Ver
Assistência: Cerca de 200 espectadores
Árbitro: Ricardo Sá (Braga)
Auxiliares: Rui Amaral e Rui Silva
Resultado ao intervalo: 1-0
Marcador: Nuno (27’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: Mauro (10’), Dani (35’), Rui Silva (59’), Oscar (92’) e Rui pedro (94’)

FL

"Falta de postura..."

Social Lamas 1-3 Tocha (3ª Nacional - Fase Manutenção C2)

Com a derrota frente ao Ginásio Figueirense, na semana passada, o Social de Lamas sabia de antemão que os três jogos em casa que dispunha (a partir deste com o Tocha) eram cruciais para dar a volta por cima e conseguir o seu objectivo.
Desta forma, a ‘turma’ de Zé Tó só podia pensar na vitória mas jogar meia hora não chega para o conseguir. De resto, a atitude displicente da equipa castrense no segundo tempo foi o principal factor que a levou à derrota.
Com efeito, nos primeiros minutos, ainda assim, foram os da casa a dominar, conseguindo logo ao segundo minuto o primeiro golo da tarde. Manu executou uma bela jogada pelo lado esquerdo, cruzando para Jusko que só teve de desviar para o fundo da baliza.
O Social dominava a partida mas talvez o golo tenha proporcionado o efeito indesejado já que pouco depois era o Tocha quem jogava com alegria e entusiasmo na procura do empate. Para tal terá também contribuído a expulsão por vermelho directo de Bruno Ribeiro, que deixou a equipa de Castro Daire mais ‘coxa’.
Assim, aos 31 minutos, Rafael de livre frontal à baliza do Social de Lamas restabeleceu a igualdade, resultado que se verificava ainda em tempo de intervalo.
O descanso parece ter feito bem não só ao Tocha como também à equipa de arbitragem, que errou várias vezes nos primeiros quarenta e cinco minutos.De resto, a Tocha era a única equipa que parecia interessada em chegar à vitória, tendo-a alcançado com golos de Vává, aos 75’, e Rafael aos 82’. Este último espelho da desatenção e falta de atitude dos jogadores já que no lance, Telmo fica parado à espera do fora-de-jogo enquanto Rafael se isola perante Márcio para sentenciar a partida.

Ficha de Jogo:

Social Lamas 1
- Márcio, Schwartz, Pedro, Telmo, Mário Pedro, Bruno Ribeiro, Manu, Ricardo, Jusko, Pedro’s e João Pedro
Substituições: Ricardo por Oceano (45’), Pedro’s por Celso (71’) e Schwartz por Nando (77’)
Suplentes não utilizados: Careca, Filipe, Patrick e José Carlos
Treinador: Zé Tó

Tocha 3
- Barroca, Curto, Rui Costa, Soares, Zé Filipe, Marco, Gonçalo, Rafael, Dani, Diogo II e George
Substituições: George por Vavá (67’), Diogo II por Morais (76’) e Dani por Renato (84’)
Suplentes não utilizados: Diogo I, Cruz, Fabrício e Estanqueiro
Treinador: António Cortesão

Jogo no Complexo Desportivo de Castro Daire
Assistência: cerca de 200 pessoas
Árbitro: Ricardo Silva (Braga)
Auxiliares: Arménio Ferreira e Armindo Duarte
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Jusko (2’), Rafael (31’ e 82’) e Vává (75’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Schwartz (22’), João Pedro (30’), Pedro’s (54’), Rui Costa (74’), Mário Pedro (85’), Oceano (86’), Manu (87’) e Zé Filipe (87’). Cartão vermelho directo para Bruno Ribeiro (34’)

Né Oliveira

12 abril 2008

"Antevisão Divisão de Honra"

A luta continua...
Pelo que as equipas nos têm demonstrado iremos ter pelo segundo ano consecutivo uma Divisão de Honra muito disputada até à última jornada no que à luta pelo título e consequente subida aos Nacionais diz respeito. Contudo, também pela manutenção haverá uma forte disputa sendo muitas as equipas que ainda podem descer.
Se não há dúvidas de que Cinfães e Sampedrense são os candidatos ao primeiro lugar já quanto às equipas que acompanharão o Vouzelenses na descida de divisão a única coisa que existe é um enorme e vistoso ponto de interrogação. Isto porque são pelo menos sete as equipas com risco de ocuparem as duas vagas existentes de despromoção (excluindo já destas contas Pesqueira, Campia e Santacombadense porque apesar de matematicamente ainda ser possível estão a 1/2 pontos de o evitar).
Se o campeonato acabasse agora, Moimenta da Beira, Lusitano e Vouzela seriam os despromovidos mas ainda faltam quatro jogos e muito há por decidir.
No caso dos viseenses, seguem-se dois jogos cruciais. Este fim-de-semana, o Lusitano desloca-se a Lamego e depois recebe o Moimenta da Beira. Independentemente dos resultados uma coisa é certa, a equipa de Vildemoinhos irá sofrer tanto como no ano passado para conseguir a manutenção.
Ainda nas contas desta luta, destaca-se o jogo entre Parada e Paivense. Jogo importante para as duas formações que vêm de bons resultados assim como a recepção do Lamelas ao Oliveira de Frades, ambas com empates registados na última jornada. Para não fugir aos jogos entre ‘aflitos’, o Moimenta da Beira joga no seu terreno com o Carvalhais outra final pela permanência. São assim três os jogos onde a manutenção estará em jogo.

CD Cinfães na Pesqueira com pressão nos ‘ombros’

O grande favorito à vitória final, a equipa orientada por Vítor Moreira, não tem margem de erro possível até porque mesmo um empate em casa do Pesqueira permite à Sampedrense, em caso de vitória, ascender de imediato à liderança da tabela. O que seria um acto ‘suicida’ tendo em conta que ficariam a faltar apenas três partidas. No entanto, a ‘turma’ de São Pedro do Sul não terá pela frente um adversário fácil. É que o Canas de Senhorim, que já nos habituou ao longo da presente temporada, quer com Jorge Valente, quer com Carlos Pinto, no comando, a bons e surpreendentes resultados.

De resto, com manutenção mais do que assegurada, a formação de Canas nada tem a perder pelo que a ‘descontracção’ dos seus jogadores poderá ser um factor positivo na abordagem ao encontro com a Sampedrense. Por outro lado, não se pode dizer que a UDS jogue sob pressão até porque o objectivo não é subir de divisão. Contudo, o primeiro é sempre melhor que o segundo e Luís Almeida não é técnico para perder um desafio.

A subida poderá assim ser consequência de uma boa época dos lafonenses bem como de um possível ‘falhanço’ dos cinfanenses.Por fim, o Mangualde, já sem grandes hipóteses de chegar à liderança, joga em Campia enquanto a Santacombadense recebe o já ‘condenado’ Vouzelenses.

11 abril 2008

"Antevisão 2ª Nacional"

Penalva quer estreia a vencer
Esta fase começou mal para um dos favoritos a ficar, praticamente, fora da corrida, o Tourizense. Perdeu na primeira jornada na Covilhã e não foi além do empate frente ao Penalva, na segunda ronda.
Basta ao Sporting da Covilhã ir gerindo a vantagem que detém como líder para poder assegurar a presença do “play – off” da subida. A vantagem pontual com que partiu para a fase de apuramento para a subida, deixou pouca margem para os restantes cinco concorrentes. Viu a sua tarefa facilitada depois de ter derrotado a equipa comandada por Tó Margarido.
O Tourizense poderá ter a sua última chance no próximo domingo. Terá de vencer um Pampilhosa que parece estar a fazer um “mini- campeonato” melhor do que se pensava, seguindo no segundo lugar da fase.
No que diz respeito à equipa da região e que logrou entrar nesta fase, o Penalva do Castelo, é de esperar que os penalvenses vençam a turma forasteira e marquem a posição com a primeira vitória. Pensamos que o empate em Touriz deixa a esperança de que isso aconteça.

Sátão sem margem para erros

Será muito difícil aos satenses conseguirem safar-se da descida. No entanto, há a dignidade de fazer o melhor possível, pelo que estamos em crer de que vão tentar vencer a partida contra o adversário albicastrense. Este não pode perder pontos, mas a equipa da casa vai querer desforrar-se da derrota sofrida em Castelo Branco. O conjunto de Jorge Paiva vai querer cumprir o calendário mas deixando a sua marca na prova.

Nelas – Abrantes é o jogo do "tudo ou nada"

Depois da derrota frente ao Rio Maior, em casa, o Nelas não pode perder mais pontos no sem ambiente se quiser aspirar à manutenção na prova. E contra o Abrantes o conjunto de António Borges tem de vencer, sendo mesmo o jogo do tudo ou nada. Se vencerem os nelenses ficam em posição mais fácil, mas se perderem as coisas complicam-se e de que maneira. Os abrantinos, se pontuarem em Nelas, assumem-se como um dos candidatos à permanência. Enfim, um encontro de emoções.

"Antevisão 3ª Nacional"

Académico não desiste de lutar
Não está fácil a vida do Académico de Viseu na fase de subida à 2ª Nacional mas a verdade é que os academistas dependem apenas de si próprios e não desistiram ainda do objectivo que os move nesta altura da época: a subida de divisão.
A derrota em casa, frente ao União de Lamas, não foi fácil de ‘digerir’ mas os jogadores estão concentrados para pensar “jogo-a-jogo”. Quem o garante é o treinador academista, Idalino de Almeida, confiante nas capacidades da equipa para se sagrar campeã.

“Todos são candidatos mas nós queremos subir”

O técnico principal do Académico adivinha tempos difíceis mas mantém optimismo no concretizar do ‘2º’ objectivo da temporada. “Nós temos de pensar jogo-a-jogo, final-a-final, e não realizar projectos a longo prazo. Todos os jogos são finais, já a do último domingo era, mas acabámos por perder apesar de termos feito uma primeira meia-hora de grande nível. A sorte também não nos acompanhou mas vamos esquecer isso e concentrar forças para o jogo em Vale de Cambra, onde temos de ganhar. Eles têm tanto valor como nós e no futebol há muitas factores que contam para se vencer uma partida”. Precisamente sobre esses factores, Idalino de Almeida adianta que “já no domingo passado tivemos alguns desses factores a funcionar. Nomeadamente na expulsão de dois jogadores fulcrais na equipa do Académico [Megane e Zé Bastos]. É que temos de ver que estamos a jogar contra cinco equipas da AF Aveiro, e que elas estão unidas, mas vamos fazer de tudo para contrariar isso. Agora, é preciso não esquecer também que continuamos a treinar apenas uma vez por semana no relvado do Fontelo [devido à presença da Selecção em Maio] e que nessa altura o jogo em casa frente ao Milheiroense não deverá ser aí”. Condicionantes para a difícil tarefa que o Académico de Viseu tem pela frente.
Quanto aos indisponíveis, para além de Megane e Zé Bastos (a cumprirem castigo federativo), Calico não deverá recuperar da gripe que o assola pelo que será baixa no jogo frente ao Valecambrense.

“Conscientes das responsabilidades”

Na sub-série C1, o Tondela teve um início muito positivo (de resto, foi a única equipa da AF Viseu nos Nacionais a vencer o seu jogo) ao golear o Valonguense por 3-0 e assim ascender à liderança, beneficiando do ‘tropeção’ da equipa de Oliveira do Hospital em casa com o São João de Ver. Um triunfo dos tondelenses muito moralizador, tal como ‘subscreveu’ o seu treinador, João Bento. “Foi uma vitória de extrema importância porque para além de moralizar a equipa é um triunfo constructivo para o resto do campeonato”.

A próxima paragem dos tondelenses é em casa do actual segundo classificado, o S. João de Ver, e João Bento quer vencer para se aproximar do objectivo. “Sabemos que é um jogo que nos pode colocar, em caso de vitória, numa situação muito favorável mas sabemos também da qualidade deles e da aposta que estão a fazer para chegarem à manutenção. Estiveram quase condenados na primeira fase mas agora são uma equipa diferente. Temos de ter algumas cautelas mas os meus jogadores estão moralizados e sobretudo conscientes das suas responsabilidades”.
O que não tem sido fácil para o Tondela ao longo da época é o problema das lesões. À já longa lista de lesionados juntou-se agora Ivo, que sofreu uma entorse na semana passada, e que não deverá ser opção para João Bento até final da época. O mesmo acontece com Almiro, Bruno Almeida, Tchocamar, Espanhol e Carlos Miguel.

“Também temos direito a ser felizes”

O Social de Lamas não tem tido uma época fácil, sobretudo porque nos momentos chave tem faltado, aliada à falta de finalização, muita sorte. O treinador Zé Tó sente os jogadores empenhados e como tal mantém boas expectativas para os próximos e decisivos cinco encontros. “A sorte, de facto, continua a não estar connosco e temos sido muito perdulários na hora de finalizar. O jogo com o Ginásio Figueirense foi completamente dominado por nós e ao intervalo podíamos já ter tudo resolvido mas perto do fim eles deram a volta com golos esquisitos.

No primeiro houve uma falha de comunicação do meu defesa com o guarda-redes precedida de um fora-de-jogo que não existe assinalado ao meu avançado, e no segundo uma confusão na área que acabou por dar em golo. Mas eles nada fizeram para merecer isso e foi um dia infeliz da nossa parte. Agora, nós também temos direito a ser felizes e vamos sê-lo”.
O conjunto de Castro Daire tem agora três partidas consecutivas em casa, uma excelente oportunidade para o Social de Lamas dar a volta por cima e regressar à liderança. Zé Tó sabe da importância desses jogos e não pensa em mais nada que não seja “vencer” ao Tocha já no domingo, até porque depois se segue a recepção ao Dragões Sandinenses. Uma partida onde os avançados castrenses poderão “afinar a pontaria”.
Hugo e Meireles, lesionados, são os únicos indisponíveis para o jogo de domingo.

"Agenda do fim-de-semana"

Nacionais
2ª Divisão Nac. – Fase Subida (3ª Jornada)
Tourizense – Pampilhosa
Covilhã – Eléctrico
Penalva – Ol. Bairro

2ª Divisão Nac. – Fase Manutenção C1 (3ª Jornada)
Anadia – Torreense
Sátão – BC Branco

2ª Divisão Nac. – Fase Manutenção C2 (3ª Jornada)
Nelas – Abrantes
Caldas – Rio Maior

3ª Divisão Nac. – Fase Subida (2ª Jornada)
Sanjoanense – Milheiroense
U. Lamas – Arouca
Valecambrense – Ac. Viseu

3ª Divisão Nac. – Fase Manutenção C1 (2ª Jornada)
S. João de Ver – Tondela
Valonguense – Oliv. Hospital

3ª Divisão Nac. – Fase Manutenção C2 (2ª Jornada)
D. Sandinenses – G. Figueirense
Social de Lamas – Tocha

Distritais da AF Viseu
Divisão de Honra (27ª Jornada)
GD Parada – Paivense
Campia – Mangualde
S. J. Pesqueira – Cinfães
Santacombadense – Vouzelenses
Moimenta Beira – Carvalhais
Sp. Lamego – Lusitano
Sampedrense - C. Senhorim
Lamelas - Ol. Frades

1ª Div. Distrital (Apur. Campeão) - 1ª Mão
Molelos – Tarouquense

1ª Div. Distrital (Apur. 3º/4º class.) - 1ª Mão
Resende – Sp. Santar

1ª Div. Distrital (Apur. Baixa Div.) - 1ª Mão
Sernancelhe – Vila Chã de Sá

2ª Divisão Distrital (26ª Jornada)
P. Gonta - GD Roriz
Lageosa Dão – Caparrosa
Abraveses – Riodades
Vilamaior. - CD Leomil
Vale Madeiros – Lobanense
S. Besteiros – Arguedeira
Farminhão – Silgueiros

Nacionais de Camadas Jovens
Nacional de Iniciados – Fase Final (4ª Jornada)
Sp. Braga – Repesenses
Marítimo – FC Porto

Para conhecer os árbitros nomeados para os jogos seniores da AF Viseu clique aqui.

09 abril 2008

"VISBOLA - 32ª Jornada"

Depois de uma paragem por força maior, o Visbola volta com nova jornada, a 32ª.

Cartão de Jogos - 32ª Jornada:
Penalva - Oliv.Bairro
Sátão - Benfica CB
Nelas - Abrantes
Valecambrense - Ac.Viseu
S. João de Ver - Tondela
Social Lamas - Tocha
Sampedrense - Canas Senhorim
Sp.Lamego - Lusitano
Pesqueira - Cinfães
Campia - Mangualde

Consulte a classificação actualizada do Visbola na coluna lateral à direita.

07 abril 2008

"Eficácia mortífera"

Lusitano 1-4 Sampedrense (Divisão de Honra - AF Viseu)
Quando à criatividade se junta eficácia o resultado só pode ser positivo. Foi mais ou menos nesta base que a Sampedrense construiu um resultado demasiado amplo para aquilo que o Lusitano realizou nesta partida, embora a vitória assente bem ao conjunto de Luís Almeida.
Ao Lusitano faltou aquilo que não tem aparecido ao longo da temporada. Não há, na maior parte das vezes, ideias para concretizar jogadas de ataque e quando há, como foi o caso de ontem, existe quase sempre um guarda-redes em alta prestação. André Maló, o guarda-redes da UDS, foi o melhor em campo, não só pela quantidade de defesas mas sobretudo pela qualidade das mesmas. Entraram bem os da casa, mas os remates de Diego e Agostinho foram defendidos com estilo. Respondeu a Sampedrense que à meia hora de jogo chegou ao golo. Uma ‘bomba’ de Nuno, a cerca de 35 metros, só parou na baliza de Rafael. O Lusitano pareceu ter acusado o ‘tento’ forasteiro e “apagou-se”, sendo a UDS quem chegou ao segundo. Um mau alívio de Rafael para o meio-campo seria aproveitado por Fábio que lançou a bola e conseguiu bater o desamparado guarda-redes da casa. Ao intervalo o resultado espelhava a eficácia dos visitantes apesar do domínio dos lusitanistas nos primeiros minutos.
Na segunda parte, o maior discernimento da Sampedrense e a sua capacidade de realizar ataques rápidos seria fatal para um Lusitano a jogar com o coração e a esbarrar sempre nas mãos de Maló.
Os golos de Bartolo e Márcio vieram confirmar um triunfo exagerado mas justo que deixa a liderança mais perto. Já os viseenses caíram para a linha-de-água, dependendo agora de resultados de terceiros para se safarem. Arbitragem personalizada e positiva de Luís Caetano.

Ficha de Jogo:

Lusitano 1
- Rafael, Serginho, Madeira, Miguel Lourenço, Esteves, Juan, Jeremias, Geyson, Diego, Agostinho e Nuno Pais
Substituições: Nuno Pais por Zé António (36’), Juan por Bill (56’) e Agostinho por Diogo (82’).
Suplentes não utilizados: Luís, David, Daniel e Hugo.
Treinador: Silvério Gomes.

Sampedrense 4
- André Maló, Nuno, Márcio, Heitor, Gouveia, Emanuel, Beto, Baixote, André, Cordeiro e Tagui
Substituições: Gouveia por Fábio (15’), André por Bartolo (62’) e Nuno por Moreira (81’).
Suplentes não utilizados: André Figueiredo, Jorgito, Zito e Esteves.
Treinador: Luís Almeida.

Jogo no Estádio dos Trambelos, em Viseu
Assistência: cerca de 250 pessoas
Árbitro: Luís Caetano (Tondela)
Auxiliares: Carlos Teixeira e Jorge Ramos
4º Árbitro: Rui Peixoto
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Nuno (30’), Fábio (40’), Bartolo (70’), Márcio (76’) e Esteves (85’).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Baixote (28’), Márcio (38’), Cordeiro (62’), Geyson (64’) e Esteves (74’).

Vítor Ramos

"Liderança em perigo?!"

Cinfães 1-1 Santacombadense (Divisão de Honra - AF Viseu)

A equipa do Cinfães teima em não aproveitar as vantagens pontuais de que tem disposto, e vê novamente a Sampedrense a 2 pontos, num duelo que poderá durar até à última jornada. As cerca de 400 pessoas presentes no estádio local não esperavam uma exibição tão fraca da equipa da casa, que até se conseguiu adiantar no marcador logo nos primeiros cinco minutos, por Mauro. Após este lance, a Santacombadense pega no jogo, e aos 12 minutos chega mesmo à igualdade com um remate fortíssimo de Ruben à entrada da área.
Com o descanso, esperava-se outra atitude dos actuais líderes da Liga de Honra, mas faltava imaginação aos homens da frente para penetrar na defensiva contrária. O resultado final aceita-se perante o que fizeram as duas equipas, que aproveitaram muito bem as raras oportunidades de golo. Trabalho positivo do trio de arbitragem.

Ficha de Jogo:

Cinfães 1
- Padeiro, Tozé, Carlão, Ângelo, Eduardo, Rafa, Filipe, Rogério, Mauro, Gaio e Marcelo
Substituições: Zé Carlos por Mauro (62´), Joca por Gaio (65´) e Paulo Costa por Eduardo (77’)
Suplentes não utilizados: Manel, Carlitos, Manuel Vieira e Monteiro
Treinador: Vítor Moreira

Santacombadense 1
- Bruno, Hélio, Tó Marques, Ruben, Jackson, Kiko, João Oliveira, Mota, Hugo, Serralheiro e Daniel
Substituições: João Paulo por Hélio (75’) e Abílio por Daniel (88’)
Suplentes não utilizados: David, Diogo, Baresi e Nana
Treinador: José Branquinho

Jogo no Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto, Cinfães
Assistência: cerca de 400 pessoas
Árbitro: António Carlos Cardoso (Castro Daire)
Auxiliares: Luís Coimbra e Ricardo Monteiro
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Mauro (5’) e Ruben (12’)
Acção Disciplinar: Cartões Amarelos para Mauro (56’) e Bruno (88’)

JPC/Cédric Costa

"Carvalhais ressuscitou..."

Carvalhais 4-1 Sp.Lamego (Divisão de Honra - AF Viseu)

A precisar urgentemente de pontos, o Carvalhais defrontava a desmotivada equipa de Lamego, já arredada dos seus objectivos iniciais. E uma entrada forte dos homens da casa, permitiu que chegassem ao intervalo com uma vantagem de três golos, após golos de Alcino, Isaías (uma verdadeira ‘bomba) e Quim.
O Sp. Lamego regressou dos balneários com outra atitude, e tentou equilibrar o domínio da partida, com o Carvalhais a limitar-se a gerir o resultado até então obtido. Antes do final da partida, tempo ainda para um golo para cada lado, num resultado que pode dar mais ânimo para a equipa da casa no que falta de campeonato. O árbitro Luís Caiado teve uma tarde sem grande trabalho, decidindo quase sempre bem quando chamado a intervir.

Ficha de Jogo:

Carvalhais 4
- André, Serafim, Carvalho, Polaco, Gil, Quim, Alcino, Isaías, Arede, Zé Alfredo e Breno
Substituições: Alex por Breno (55’), Célio por Arede (72’) e Ricardo por Isaías (84’)
Suplentes não utilizados: Márcio, Luís Miguel, Dinís e Edir
Treinador: João Lage

Sp. Lamego 1
- Filipe, Miguel Monteiro, Rafael Duarte, Diogo, João Pedro, Miguel Soares, Daniel Bastos, Miguel Martins, Lemos, Júnior, Binaia,
Substituições: Ivan por Miguel Soares (31’) e Hénio por Diogo (68’)
Suplentes não utilizados: Márcio
Treinador: Carlos Marques

Jogo no Campo Marques Veloso, em Carvalhais
Assistência: cerca de 400 pessoas
Árbitro: Luís Caiado (Viseu)
Auxiliares: Carlos Marques e Luís Fonseca
Ao intervalo: 3-0
Marcadores: Alcino (15’), Isaías (27’ e 75’), Quim (33’) e Hénio (92’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Binaia (60’), Daniel Bastos (69’) e Alcino (86’)

RSA/Cédric Costa

"Empate entre aflitos"

Oliv.Frades 2-2 Parada (Divisão de Honra - AF Viseu)

Em campo estavam duas equipas com igual objectivo: garantir rapidamente a manutenção. Os homens da casa, com uma atitude mais atacante, chegaram ao intervalo a vencer por duas bolas a zero, com Xano em destaque. Na segunda metade, o Parada subiu ao relvado com outra atitude, e nos primeiros minutos contou com inúmeras oportunidades de golo, mas sem sucesso.
Num jogo bastante viril, com muitas entradas duras por parte dos jogadores das duas equipas, foi já nos últimos 11 minutos que Luís Carlos resolveu tornar-se no herói da tarde, bisando e dando um ponto muito saboroso para os homens do Parada. O regresso após lesão, do árbitro Nuno Ventura, ficou marcado pela amostragem de 8 cartões amarelos e uma expulsão por acumulação.

Ficha de Jogo:

Oliveira de Frades 2
- Quirino, Artur, Carlitos, Xano, Moura, Moacir, Jimmy, Semedo, Nuno Robalo, Nuno Soares e Trindade
Substituições: Neves por Moura (15’) e Janeca por Jimmy (80’)
Suplentes não utilizados: João, Abel, Rui, Ramos e Costa
Treinador: Rui Manuel

Parada 2
- Guilherme Maló, José Pedro, Cunha, Simões, Pimenta, João Pedro, Augusto, Vasco, Luís Carlos, Caldeira e Jorge Filipe
Substituições: Rui Courinha por Augusto (45’), Rocha por José Pedro (45’) e Mota por Caldeira (94’)
Suplentes não utilizados: Capela, Nelson José Aloísio e Paulo
Treinador: Pereirinha

Jogo no Estádio Celestino Ferreira Martins, em Pinheiro Lafões
Assistência: cerca de 150 pessoas
Árbitro: Nuno Ventura (Tondela)
Auxiliares: Tiago Rodrigues e Angelo Santos
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Xano (18’ e 31’) e Luís Carlos (79’ e 84’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Augusto (29’), Nuno Robalo (35’ e 87’), José Pedro (39’), Jimmy (52’), Rui Courinha (55’), Artur (61’) e Pimenta (77’). Cartão vermelho para Nuno Robalo (87’)

AB/Cédric Costa

"Que sirva de lição à... humildade"

Ac. Viseu 1-2 U. Lamas (3ª Div. Nacional Fase de Subida)
O Académico deu um passo atrás na luta pela subida à 2ª Divisão Nacional ao perder na jornada de abertura desta fase final. Depois de há 15 dias ter "despachado" o União de Lamas por um conclusivo 4-2, ontem à tarde bem se pode dizer que a turma de Santa Maria de lamas serviu a "vingança" em prato… quente, tendo em conta a temperatura que se verificava no Municipal do Fontelo.
Os academistas até começarem bem o encontro, mostrando um futebol escorreito, com boas triangulações e obrigando o adversário a andar atrás a bola. Sem surpresa, e materializando o seu ascendente, os viseenses colocaram-se em vantagem aos 14 minutos, com Negrete a aparecer ao segundo poste a empurrar a bola para o fundo da baliza, após uma excelente jogada de Filipe Figueiredo pela esquerda.
A vantagem fez mal à turma de Idalino de Almeida, que terá pensado que o jogo eram favas contadas. Ainda assim, aos 17 minutos, Zé Bastos poderia ter ampliado a vantagem, mas o desvio de cabeça, a cruzamento de Marcos, saiu ao lado da baliza.
Aos poucos a equipa de Terras da Feira foi equilibrando a contenda e começou a aparecer com mais perigo no meio terreno academista. Fred aos 18 minutos testou a atenção de Manuel Fernandes, que à passagem da meia hora viu o poste devolver um remate cruzado de Káká, após uma grande jogada deste pelo lado esquerdo.
No último quarto de hora da etapa inicial a partida estava equilibrada, com os viseenses a não conseguirem supremacia no meio campo. Por sua vez a turma de Luís Pinto aparecia cada vez com mais perigo perto da área de Manuel Fernandes, que nos minutos finais do primeiro tempo teve que se aplicar para evitar males maiores para a sua baliza.
Distracções fatais no segundo tempo

O início do segundo tempo não trouxe nada de novo. A turma visitante mostrou-se mais equipa, a trocar melhor a bola, perante um Académico que não mostrou a solidez dos primeiros 20 minutos de jogo, mas, pior ainda, começou a complicar a sua própria tarefa.
Aos 60 minutos a turma visitante chegou à igualdade, num lance em que Tiago Guimarães aparece sozinho na área a desviar a bola para a baliza, perante um desamparado Manuel Fernandes.
O golo marcou a turma viseense, que começou a denotar algum nervosismo, com Megane, quatro minutos depois, a reclamar um decisão do árbitro, a ver o cartão amarelo e, inexplicavelmente, continuou a reclamar, vendo o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão.
Se a tarefa já não se mostrava fácil pior ficou, com a desarticulação da equipa viseense cada vez mais visível, perante um adversário organizado e com duas unidades bastante rápidas na frente. O golpe de misericórdia na formação de Idalino de Almeida chegou aos 74 minutos, com Fábio a cruzar da esquerda para Jonathan a aparecer na pequena área, sem marcação, a atirar para o golo.
Idalino de Almeida jogou o tudo por tudo, colocando Alex no eixo do ataque, ao lado de Zé Bastos. A aposta não resultou, até porque já faltava inspiração e frescura física para desmontar a teia montada por Luís Pinto. Como se tal já não bastasse, Zé Bastos complicou ainda mais as contas de Idalino de Almeida para o próximo domingo em Vale de Cambra, numa entrada às pernas do adversário que lhe valeu o segundo cartão amarelo e a consequente ausência no próximo encontro, diríamos, decisivo para as aspirações viseenses.
O trabalho do trio de arbitragem do Porto foi irregular, nomeadamente no fora de jogo, onde cometeu alguns erros de julgamento.

Reacções:

Idalino de Almeida (Treinador do Académico de Viseu)

Estávamos avisados, e trabalhámos durante a semana, que este iria ser um jogo muito difícil. Defrontámos um adversário que joga bom futebol e que ficou a conhecer a minha equipa. Fizemos 30 minutos muito bons, com uma exibição convincente, mas depois as coisas mudaram, em especial no segundo tempo. Cometemos erros de indisciplina que não podem acontecer em jogadores experientes. Temos que recuperar os pontos perdidos nos próximos jogos.

Luís Pinto (Treinador do União de Lamas)

Entrámos mal no jogo e acabámos por sofrer o golo, que acabou, talvez, por fazer bem à minha equipa. Os jogadores desinibiram-se e o golo contra serviu de incentivo. A partir daí, sem dominarmos o jogo, penso que o controlámos e na primeira parte poderíamos ter chegado ao empate.
Ao intervalo disse aos jogadores que poderíamos ganhar o jogo, só teríamos que ter paciência. No segundo tempo fizemos uma boa exibição e penso que merecemos a vitória.

Presidente mantém aposta na subida

Apesar da derrota, António Albino mantém a aposta na subida de divisão. “Foi com esse objectivo que preparámos esta época”, afirmou o presidente do Académico de Viseu ao nosso jornal. O líder academista acredita que a equipa vai recuperar os pontos perdidos nos próximos jogos.

Jogadores desmentem notícias

Durante a semana surgiram notícias de que jogadores do Académico já teriam assinado por outras equipas, facto que fizeram questão de desmentir. Manuel Fernandes afirmou mesmo que quer estar na próxima época no Académico para disputar a 2ª Divisão Nacional.

Ficha de Jogo:

Ac. Viseu 1
- Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Negrete, Megane, Beaud, Álvaro, Eduardo, Cardoso, Filipe Figueiredo e Zé Bastos
Substituições: Cardoso por João Miguel (67m), Álvaro por Carlos Santos (75m) e Filipe Figueiredo por Alex (82m)
Suplentes não utilizados: Nuno, Feliciano, Lopes e Sani
Treinador: Idalino de Almeida

U. Lamas 2
- Saul, Daniel, Fábio, António, Ivo, Jonathan, Filipe, André, Fred, Tiago Fernandes e Kaká
Substituições: André por Rafael (64m), Jonathan por Tiago Fernandes (81m) e Kaká por Zé Paulo (92m)
Suplentes não utilizados: Zé Miguel, Sousa, Baloma e Toninho
Treinador: Luís Pinto

Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 2500 espectadores
Árbitro: Sérgio Pereira, do CA do Porto
Auxiliares: José Rocha e José Ribeiro
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Negrete (14m), Tiago Guimarães (60m) e Jonathan (74m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Fábio (55m), Megane (64 e 65m), Filipe (75m) e Zé Bastos (82 e 90m)
Cartão vermelho para Megane (65m) e Zé Bastos (90m)

José Luís Araújo (DV)

"Triunfo tranquilo"

Tondela 3-0 Valonguense (3ª Div. Nacional Fase de Manutenção C1)

Finalmente surgiu um Tondela a jogar bom futebol, mais alegre e mais coeso. Totalmente diferente daquilo que mostrou, tantas vezes, em casa, na primeira fase. Deixou à vista o valor que, de facto, tem. Phil Jackson, Osvaldo e Beré, este último o homem do jogo, conseguiram desfazer a bem montada defesa contrária. Marcar cedo, num lance de tabela triangular e que envolveu os homens já referidos, também ajudou a fazer um bom encontro de futebol.
Entrada fulgurante do Tondela que marcou dois golos na primeira parte, mas ficaram uma boa meia dúzia de oportunidades por concretizar.Na segunda parte, o Valonguense surgiu bem melhor, a jogar futebol mais acutilante, obrigando os donos da casa a aplicarem-se para não serem surpreendidos nalguns lances bem urdidos, com Mikael a intervir a preceito.
No entanto, e apesar da boa e generosa resposta dos visitantes, valeu a estes a barra e a boa exibição do seu guarda – redes evitaram que o resultado atingisse uma goleada com números bem expressivos. Mesmo assim, o Tondela foi sempre uma equipa com olhos postos na baliza contrária, mostrando futebol de ataque que surpreendeu muitos dos seus adeptos. De facto, o conjunto evidenciou capacidade mais do que suficiente para poder manter-se no Nacional da 3.ª Divisão.
Foi pena que os tondelenses não tivessem atingido a fase da subida, porque estamos em crer que a jogar como o fez contra o Valonguense poderia ir bem longe. Arbitragem com dualidade de critérios a prejudicar os locais, embora tecnicamente tenha estado em bom plano.

Ficha de Jogo:

Tondela 3
- Mikael; Filipe, Mauro, João Paulo, Dani, Xico, Abelha, Osvaldo, Steven, Beré e Phil Jackson
Substituições: Abelha por Barca (64’), Phil Jackson por Carlos Almeida (76) e Xico por Luís Pedro (87)
Suplentes não utilizados: Augusto, Botas, Fábio e China
Treinador: João Bento

Valonguense 0
- Luís; Sérgio, Vítor Hugo, Carmindo, Roberto, Hugo, Portulez, Silvano, Cláudio, Tojó e Serginho
Substituições: Hugo por Marques (65) e Cláudio por André (73)
Suplentes não utilizados: Marco, Maurício e Diogo
Treinador: Carmindo

Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela
Assistência: Cerca de 250 espectadores
Árbitro: José Carlos Silva (Braga)
Auxiliares: Arménio Ferreira e Armindo Duarte
Resultado ao intervalo: 2-0
Marcadores: Beré (1), Steven (36) e Carlos Almeida (92)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: João Paulo (16), Silvano (18), Mikael (21), Cláudio (22), Phil Jackson (49) e Xico (75).

Amorim Lopes

"Que nervos!!!"

Nelas 0-1 Rio Maior (2ª Div. Nacional Fase de Manutenção C2)
O Sport Lisboa e Nelas, abriu de par em par os portões do Estádio para que todos os que quisessem pudessem entrar, gratuitamente, tendo em conta a necessidade de apoio de todos os nelenses de forma a levarem a equipa à tão necessária vitória, rumo à manutenção. Assim, há muito que não víamos tanta gente, nesta época, a ver o encontro.
O jogo iniciou-se com os locais a entrar mais ofensivos perante um adversário mais expectante. A verdade é que o Nelas dominava, mas sem conseguir superioridade absoluta, nomeadamente, no ataque. Notava-se, sem dúvida, de lado a lado, grande nervosismo. A responsabilidade de vencer era grande para qualquer uma das equipas. O Nelas pretendia manter a liderança na Série, enquanto que o Rio Maior almejava o mesmo objectivo, já que perdendo ou mesmo empatando, ficava arredada da manutenção. Não admirou, portanto, que só a partir dos 35 minutos, o jogo conhecesse alguns momentos de maior frisson.
No entanto, emoção era constante, mas a grande luta verificava-se pela posse do meio – campo, onde ninguém parecia ganhar ascendente. Em termos de lances atacantes, pareceu-nos que o rendimento ficou aquém do que se esperava de ambos os conjuntos. Mesmo assim, foi o Rio Maior que tentou, em cima do intervalo, ir para as cabinas em vantagem. Contudo, o árbitro mandou todos os jogadores para o descanso, sem que o golo tivesse aparecido. E, diga-se, pela ausência de oportunidades, o resultado ajustava-se perfeitamente.
Para a segunda parte, tanto Paulo Torres não mexeu no seu onze, enquanto que o Nelas deixou no balneário Tiago e fez entrar Kifuta, no sentido de dar maior acutilância à sua equipa. Mas não foi o que se viu nos primeiros minutos e foi o Rio Maior por André Pires que esteve quase a marcar por André Pires, aos 52 minutos, valendo Landing a despachar. Foi um aviso que os locais tomaram em conta que passaram à ofensiva. Mas foi Rui Vale a evitar o golo de Márcio Sousa, com uma grande defesa para canto. A partida ganhava, de novo, emoção.
O golo podia surgir a qualquer momento e para ambos os lados e Kifuta, aos 69 minutos falhou por muito pouco. O Rio Maior passou então a pressionar com mais assiduidade e já em tempo de descontos, Telmo acabou por fazer o golo, com algumas culpas para a defesa da casa.Arbitragem em plano positivo.

Ficha de Jogo:

Nelas 0
- Rui Vale; Carlos André, Tiago, Rui Santos e Roque; Ewerton, Landing e Gilmar; Magalhães, Saraiva e Bruno.
Substituições: Tiago por Kifuta (46’) e Ewerton por Anézio (75’)
Suplentes não utilizados: Moretto, Luís Santos, Alison, Ivo, Anézio e Ruan
Treinador: António Borges

Rio Maior 1
- Ricardo; Militão, Barata, Hélder e Rodolfo; Canoa, Pacheco e André Pires; Ricardo Curto, Telmo e Márcio Sousa
Substituições: André Pires por Vaz Tê (71’) e Márcio Sousa por Miguel Belo (92’).
Suplentes não utilizados: Rui, Martins, André Pires, Ricardo Jorge, Miguel Belo e Robson
Treinador: Paulo Torres

Jogo no Estádio Municipal de Nelas, em Nelas
Assistência: Cerca de 500 espectadores
Árbitro: Pedro Estela (Porto)
Armando Mendes e Fernando Brandão
Resultado ao intervalo: 0-0
Marcadores: Telmo (91’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: Landing (10’), Pacheco (38’), Tiago (44’), Rui Santos (44’).

Silvino Cardoso